terça-feira, 3 de julho de 2012

Recordações dos Pequenos Pesares

Não é de agora que o mundo tornou-se pequeno

Pelos cantos, olhos acompanham atentamente os passos dos decadentes do novo século.

A percepção da realidade enfada meus olhos.

Luas, verdades, belezas, tristezas...Agrupados são como um soneto ao esquecimento.

Frágil, tolo e patético. 

Assim pernoitava em minha mente conquanto a estes outréns estive indevassável.

E aqui os indevidos, neste lugar infrutífero mas duramente real.

Eles não morreram até chegarem a puberdade, porém idearam diferentes meios de 
morrer a partir daí.

Por isso sempre estive lutuoso.

Disseram que eu andava como se eu conhecesse a vida, resoluto.

Ignavos intelectuais...

Tão-só estava a tacto com ela.

Em um soturno limiar que corria do desesperado pranto imaturo a esquizofrenia.

Minha própria solidão é um sofá envolvente.

Os que vi cambelando e enrolados pelas convicções em nada mudaram.

Continuaram sem rostos e sem vida.

Tudo aquilo que parece viver intensamente está à margem da vida.

A vida é lenta.

Em singelo submundo, marquei na face a vida a fazer e não a vida a levar.

Eles dão sucessão à marcha.

Não proporcionam o acontecer.

Não fazem escolhas.

São passagens tolas.

Eles simplesmente acontecem.

                                                                   Cesar Domity

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