Não é de agora que o mundo tornou-se pequeno
Pelos cantos, olhos acompanham atentamente os passos dos
decadentes do novo século.
A percepção da realidade enfada meus olhos.
Luas, verdades, belezas, tristezas...Agrupados são como um
soneto ao esquecimento.
Frágil, tolo e patético.
Assim pernoitava em minha mente conquanto a estes outréns
estive indevassável.
E aqui os indevidos, neste lugar infrutífero mas duramente
real.
Eles não morreram até chegarem a puberdade, porém idearam diferentes
meios de
morrer a partir daí.
Por isso sempre estive lutuoso.
Disseram que eu andava como se eu conhecesse a vida,
resoluto.
Ignavos intelectuais...
Tão-só estava a tacto com ela.
Em um soturno limiar que corria do desesperado pranto
imaturo a esquizofrenia.
Minha própria solidão é um sofá envolvente.
Os que vi cambelando e enrolados pelas convicções em nada
mudaram.
Continuaram sem rostos e sem vida.
Tudo aquilo que parece viver intensamente está à margem da
vida.
A vida é lenta.
Em singelo submundo, marquei na face a vida a fazer e não a
vida a levar.
Eles dão sucessão à marcha.
Não proporcionam o acontecer.
Não fazem escolhas.
São passagens tolas.
Eles simplesmente acontecem.
Cesar Domity
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