sábado, 9 de agosto de 2014

Tu

Há o teu joelho.
Há a tua barriga.
E ela é tão suave
E tão detalhada
Que quase sinto falta.
Há os teus dentes
Que não têm mais aparelho.
Há o teu cabelo
Que já está quase comprido.
Há a tua cintura
Que me faz lembrar
Que és por toda
Delineada.
Não é idolatria.
Talvez seja esta quase falta apenas.
Às vezes sou tu.
Minha própria pele não faz sentido em ser minha.
Não sei.
Não estou confortável.
Só quase tudo.
Quase tu.

                                                                                        Cesar Domity

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