Alguém precisava fazer
disso uma frase ruim
Antes, havia gatos na
calçada mas logo o sol chegou e destruiu o ócio
Falavam sobre as colheitas
no fundo do pátio
E se imaginava que antes
haveria de haver algo.
“Certamente”, dizia e
balançava a cabeça.
“Certamente...”, dizia
resmungando e balançando a cabeça.
Era Abril e alguém corria
na colina
E alguém gritava na
campina
E alguém sabia uma rima
Mas, eu, não.
Voltavam a olhar as barbas e tocavam-nas em lento deslize
Voltavam a olhar as barbas e tocavam-nas em lento deslize
“Certamente, certamente...”
e algo já precisava ser feito, sabiam.
Colocaram fogo no pasto,
roubaram uns cavalos e saquearam o bar.
“Preciosino!” dizia uma mulher de meia-idade e gorda.
“Preciosino!” dizia uma mulher de meia-idade e gorda.
“Certamente, certamente...”
e tudo foi deixado queimar para virar história de bosta.
Cesar Domity
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