Andei pecaminoso a quase desistir e debandei. Então pensei na bobagem por qual estive andando. Assei essa essência e a fiz comer como tributo às instâncias de suplício reproduzidas de sua impudicícia. Rondava-me durante as madrugadas que arrastavam-se lentas e solitárias, vivas em pensamento e distantes da pequenez humana, e pelas manhãs, que por si só são secas e têm uma valsa constante dessa nossa dança tão natural de vivermos, e, ainda, pelas tardes que são um caminho para o terror do ocaso, pulsantes, de um aclive sonolento e um brilho tardio. Tão-só vazio após isso tudo era, nada era noite.
Vi que ela mudou e que o seu arsenal de objetos para minha desordem ficaram sofisticados juntos à minha sagacidade. Pude sentar e comer duas vezes esta semana. Alimentei-me de um sortido de cabelos, pressão, derrota e alegorias sonoras do Brahms batidos ao leite d’angústia. O meu pensar contingente teria pedido um dicionário mais excelso que de Voltaire no nascer. Já é tempo. Nada muito claro, tudo pouco escuro. Em seguida, perderei a palavra que venho acompanhado há tanto, que me engasgou por vezes e em muito me pouco serviu.
Cesar Domity
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