Há um novo
mundo na parada de ônibus.
Mas
será apenas um mundo.
E
torna-se-á um mundo como qualquer.
Um
mundo bobo, apático e renovado.
Que
recusa católicos como efeito placebo
Que
nasce de um pensamento, se ramifica e se justifica
Que voltará
a se entendiar em meio a proliferação desmedida
E que
se devorará por inteiro novamente.
Por
fim, voltarei dele
Ficarei
no presente
Simplesmente.
Eu fico
porque a nenhum lugar poderia não pertencer.
Eu sou
de todo o universo.
Natural
na natureza.
Eu sou
madeira em meio a titânios
Em um
mundo onde todos deveriam ferver, eu queimo.
Eu
Desaparecido
em um infinito com eternos infinitos
Estagnado
em um instante elétrico
Verme
de minha doença social
Do amor
saturado, rarefeito
Consumido
em tédio pleno
Arrastado
por este sonho complexo de viver
Idolatrado
pelas baratas do meu apartamento
Eu
Assim
Pertenço
a esta ruiva de minha imaginação
Uma
ruiva que vive nas paradas de ônibus
E que
torna-se exponencialmente transparente quando me aproximo.
Uma
ruiva que vive nas paredes.
Que
escala o meu cotidiano e assombra meu futuro com sua ausência
Que não
é um ser humano.
É a
minha fantasia do ideal.
É o meu
ideal de fantasia.
Pelo
caminhar reflexivo noturno
Decidi
criar meu próprio paradoxo
Fiz as
malas e fui embora.
Nunca
mais me vi.
Cesar Domity
Um comentário:
Palmas.
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