segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Lua

Oh! Donzela estatuada de parafina, és branca e colorida.
Dei uma volta em saturno e voltei para teu colo repetido.

Deixei-te na rua perdida e na vila proibida para o desorgulho da nação.
Rumei ao infinito, perdi minha roupa e meu intestino.
Voltei em um dia perdido, seguindo meu grito.
Encontrei-te sob as arvores na floresta lendo um livro.
E na ferrugem surreal que te vejo, senti o cheiro do mundo.
Plantamos nossa cama no jardim e nossas férias em uma nuvem
Correu o cavalo branco vazio pela praia azul.
E nas noites estreladas o mundo caiu. Doravante, a fada branca era um jasmim.
E a estiagem plantou frutos doces no meu pomar.
O mundo silenciou e as pessoas sumiram.
Duas crianças ficaram no parque a brincar.

                                                Vinícius Faria

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