domingo, 1 de setembro de 2013

Despedaçamos nossos Braços

Despedaçamos nossos braços
Comemos nossos beijos
Sentamos no nosso cansaço
Há um morto na nossa sala
Já grita nosso silêncio
É hora vazia extraviada
E come pão sem manteiga
Uma mendiga em nossa porta
Já há pregos na nossa horta
Onde antes teve canteiros
Nossa hora sabe ter sido
E antes de ser já nos parece velha
Estamos operando nosso umbigo
Sem luvas de parcimônia
E anestesia de amor
Não mais dentro nem fora
Para a linha morta
Da nossa ocasião


                                        Vinícius Faria

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