Obra
de minha dignidade
Prole
de minha flora
Escória
de minha existência
Borra
do meu recente pretérito
Inócua
Plissada
Fezes.
Beije-me,
minha querida
Beije-me
com toda tua entalpia
Esquenta-me,
faz-me arder
Infesta-me
de gás sulfídrico
Entre
nas falhas da minha dentição
Com
todos os detritos que outrora conheci
Toda
minha passionalidade é dúbia
Talvez
eu te consuma pela liberdade que te dei
Prendo-te
novamente mesmo fora de meu ânus
Porque
até o mínimo que perco
Contribui
para minha degradação.
Cesar
Domity
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