Névoa
gelada lá fora
Névoa
indistinta na distinção das cidades
Aonde
o eremita dormia.
Umidade
cálida aonde não nascem sonhos com hastes.
Inverno
acalentador desta bebida
Que
colocaram onde devia estar meu despertador.
Não
despertou nada para nada
E
o ar continuou pesado
E todas as estradas fechadas.
E todas as estradas fechadas.
Bilateralmente,
em uma dicotomia hipotética
Percorro
a custo a insolação incandescente de duas estradas sem entradas
E
fico aqui aonde estou a pensar nisso
Canso
as pernas da cabeça de pensar em andar
E
depois visto o cansaço como desculpa para não cansar
A
conclusão a que chego está fora de questão
E
deixou à empregada os jornais de ontem empilhados na minha consciência
Não
colocaram ouro de verdade no final de nada
Nem
princesas para serem salvas
E
se colocarem um dia, vai ser na hipótese
Fujo
de qualquer coisa de que eu tenha que pensar em fazer
E
penso em como fazer isso
No
meio da névoa me procuro, enquanto fujo de mim
E
mais uma vez suspensos no tempo
Vários
eu's, chegam à conclusão nenhuma
Fazer
nada enfim por ter todas as possibilidades de fazer
E
continuar a pensar... pensar... pensar.
Vinícius
Faria
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