Ela tinha
deixado a escova de dentes. Parece um ato pequeno, mas este é o grito do
desajuizado aventureiro que desencadeia uma montanha de gelo, que já é por si
só um sistema caótico, a desmoronar e ir para um estado de menor energia.
O
que poder-se-ia fazer? Outra pergunta que parece simplista demais do modo
apresentado. Parece como uma placa escrito "coma" que te faz pensar
se há algum limite ou instância em que se deveria parar de comer, como que se
esta fosse virar-se com um sinal de "stop" a ponto de sentirmo-nos um
dextro carro inglês em plena rua às 16:58. Este é o paradoxo pendente. Pela
idade da razão, o lógico seria uma atitude de isolamento e desenvolvimento
individual. Os próprios neurocientistas afirmam que pelos 20 anos temos
atividade cerebral máxima, o auge da formação de nosso cérebro. Após, há uma
curva de decaimento pelo resto da vida.
E logo neste
dia tão abstrato, em meu ápice da razão, ela deixou no banheiro sua escova.
Cesar Domity
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