domingo, 17 de novembro de 2013

Madrugada

Madrugada convulsa
Madrugada morna
Pendurada na parede - retratada
A casa olha congelada
De algum tempo, vem uma mão
Que lhe arrasa
E lhe arrasta pela casa

A madrugada não dorme
A madrugada não cheira
Não fala; provoca sorridente
Pede as malas, convida e não
Espera, e não deixa e não dorme
A madrugada impaciente
A madrugada sapiente
Não dorme, nem nada


                                             Vinícius Faria

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