Tudo vem
de um jato
De um
instante de dentro
Do fundo
do sangue
Tudo é
uma estupidez
Tudo é
real
Tudo é
como um instante
Falar é
errante
É como nada.
É como nada.
É estar
no meio
Do que a
algum tempo passou
Grossas
paredes com ouvidos
Palavras
não são mais que o vento
Deserto
(De
sentido que satisfaça)
O mundo é
deserto
Mas o que
importa?
Estamos
cravados na rocha!
É
estupidez gritar e falar
(Tem gosto
de sangue
Tem gosto
de terra)
A palavra
é uma pluma
E o
ouvido martela
E o
ouvido erra
Do âmago
da terra
Erra-se a
vontade
(Apraz de
falar
Sedenta
de escutar)
A palavra
é um transtorno
A palavra
é um transmorfo
E quase
morta, já torta
Ao vento
desatenta
Perde-se
em ramas
Sou do
alicerce de uma torre
Que solta
balhões para o céu
Que
sempre estouram
Vinícius
Faria
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