Perturba as alamedas de minha tenebrosidade
Entope os boeiros de minha calamidade
E assim desfecha uma tragédia infinita
Fome provinda de um excesso de ócio pavoroso
Torno-me a atração alimentícia do teu vazio
E neste teu limite imaginativo doentio
Tua veracidade é um riacho vertiginoso
As flautas de ninfas nuas
E as nuances de nossos espasmos
Manifestam-se em alta lua
Mas tu já és nula em traços
Eufórica em plena rua
Deseperada em sôfregos abraços.
Cesar Domity
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