Faze a arte que queres ver.
Faze a morte para existires.
Manda entrar os carroceiros pelos portões de trás da cidade.
Manda venderem pele, prata e integridade – que é o que falta
por estas bandas.
Fundamenta o impossível.
De imediato, fundamenta o impossível!
Em primeira instância, desenha a margem para a loucura que
babas nas fronhas e fundamenta o impossível na parede do teu quarto.
Reformula os herois e os veste com o presente.
Enforca-os sequencialmente nas próprias capas.
Morre muito antes de morreres para não seres supreendido.
Pega o lenço da bela senhorita como desculpa para o próximo
encontro e o esquece na estante da existência.
Faze a volta para nunca te encontrares.
Encontra a saída do fim e volta a continuar.
Mascara-te para o mascate e o manda vender-te.
Refina-te e livra-te deste cheiro de plebe em banho de
leite.
Alinha os planetas e anuncia o fim.
Suga as virgens até lhes tirar o sabor.
Emana a ti para todas as faces.
Imbui-te de realidade que o tempo não tem eixo negativo.
Embaralha-te sempre.
Embaralha aos homens pois, nas suas condescendências e na
indolência de ser, querer-te-ão.
E evita nestes tempos insanos abrir o cortinado com a
lamparina na mão para ver quem bate palmas lá fora.
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