Da véspera do tango rançoso
.... Chuva curva e esquelética penetrante no orifício
Áspero e cuidadoso do ofício do ouvido
Que se arrasta pelo miúdo dançarino preguiçoso
Chuva que desaparece no próprio contraste realístico
Dando ao nada estatura e textura
... Chuva que vira deserto e logo se torna um galho
estatístico
Na beira do deserto holístico
Apoiando na paisagem um livro gasto em rasuras.
Chuva que é preciosa e que aqui não mais vem lamber
Os rostos debilitados dos breves
Que apegam-se à música como esperança difusa
E contextual à tangível realidade confusa
E que abrançam-se e choram quando ausentes de pensamentos
leves.
Cesar Domity
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