Comprei
universos e deixei os depois
As
mentes novas eram flores e secaram
As
emoções foram lavadas e voaram
O
vento arrastou as razões
Fiquei
comigo, perdido.
Quebrei
minha casca
Joguei-me
em um poço
Fui
à prostituta pura e casta
Enterrei
meu coração em uma núvem
E
usei uma bigorna de carpinteiro.
Para
chegar em casa
Quis
ver o mundo inteiro
Para
ser branco fui para a áfrica
Escrevi
a minha vida na areia
Nas
entrelinhas do descaso.
Quis,
surdo, escutar o canto da sereia
Fiz
do meu pranto a falta de lágrimas
Neguei
sede no deserto
Joguei
o longe o que pude mais perto
Na
parede sem portas, bati palma
E
não esperei ser atendido.
Vinicíus Faria
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