Meus
pensamentos noturnos de insônia
Espremem
o tubo de gel das mágoas
Aladas,
bóiam entre aspas
Cegas valkirias
anônimas
Conjurando
lapsos de descaso
No largo
quarto dos meus sonhos
Inquieto peregrina
o ponteiro
Sentinela,
a propor esparadrapos de tempo
Para a porta
lascada de casas cicatrizadas
Paradas
nos portos de dias chuvosos
Meninas
esquálidas de vida enferrujada
E uma
cantiga chorosa
De notas
abandonadas
Ventos de
consciência morta
A me
deitar nas horas graves da minha vida
A comprida
lástima de uma valsa noctâmbula
Vinícius Faria
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