A cada
metro do teu riso virado
Meu medo
sofrido
A cada
centímetro do teu corpo gelado, brando
A textura
do meu sabonete líquido
Nos
quilômetros teus olhos, internos, oblíquos
Um soluço
colorido, varrido daquelas tempestades pintadas
Em porcelanas
chinesas
Em cada
ruga das tuas tripas
Inversas,
as almas de teus amantes servidas numa mesa comprida
A cada
dobra do teu vento do teu ventre de dentro
O teu
perfume de notas sonoras de amora madura
A cada
parte interna da tua perna a tua lábia a gargalhada
A cada
caverna tua íntima a semente palpitante da tua filha
Resfriada,
encolhida
A cada
litro do teu sangue, uma noite velha e lisa
De brisa
que roça o coseno do teu tronco
A cada
plaino gravitacional do teu meio
A ânsia o
desespero
A
insônia, o grito
Vinícius
Faria
Um comentário:
Tão Suave e ao mesmo tempo tão Rude.
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