Hoje
Estou desagregado
Desacostumado com tudo que é torpe
Espalhado pela sombra dos freixos
Aterrado na litosfera do meu pensamento
Comedido – isso posso dizer...
Lívido com o reflexo do meu reflexo
Que ainda é um Eu duas vezes quiral
Infastado de humanos
Chamo-me Hoje – apenas para mim
Sensações, pois, sou muitas.
Incapaz de não vugarizar meu eu
E de me fazer em papel
Fazer-me fonético e verbal
Folha outonal
Pairando na existência
Dentro do descaso do ocaso
Descanço por sobre a rede
Porque faz calor em toda a cidade
E hoje resolvi fazer nada.
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