Parada
és um amontoamento de pixeis
Presa
entre nosso entendimento de tempo e de espaço
Forço
o que escrevo e vejo-te nua com espasmos
E
por entre o macio cio da tua carne, não posso...
Evitar
de pensar formas estranhas para teu sexo
E
quem ler agora terá que saber do esforço que faço
Para
ver-te nua, para cantar na folha o que vejo.
Que
eu imagine por entre os panos que te arranquei
E
te abro com faca branca para por entre teu intestino
Fígado,
pulmão e pâncreas possa falar, tudo púrpura,
Do
que hipoteticamente chamas de coração
Onde
tu guardas o que tu pensaste que tivesse
E
que queria que eu visse
Viu,
eu disse que não se força um poema
Vinícius Faria
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