sábado, 31 de outubro de 2015

Nós, d’outros.

Das dicotiledôneas aspirantes lá fora
Aos recônditos pulsares que afloram no nada do ser
As aves deixavam ovos enormes para o esquecimento
Na concavidade, o nutriente.
Na alimentação, o princípio da existência.
E antes disso, a respiração.
E bem no meio, dicotiledôneas.
Dando-nos o benefício da rinite.
E alimentando em nada as aves e a nós.
Pelos abraços de asas pequenas das espécies miúdas, a procura.
Algumas deslocam os dias e cantam na madrugada.
Mas na espera da próxima estação, nós.
Sujos nas bocas, cabelos e barbas.
Defecados pela miséria digerida e despejada nos céus.

                                                               Cesar Domity 



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