sábado, 30 de abril de 2016

Um Galão e Realmente era o Dinheiro.

Alguém precisava fazer disso uma frase ruim
Antes, havia gatos na calçada mas logo o sol chegou e destruiu o ócio
Falavam sobre as colheitas no fundo do pátio
E se imaginava que antes haveria de haver algo.
“Certamente”, dizia e balançava a cabeça.
“Certamente...”, dizia resmungando e balançando a cabeça.

Era Abril e alguém corria na colina
E alguém gritava na campina
E alguém sabia uma rima
Mas, eu, não.

Voltavam a olhar as barbas e tocavam-nas em lento deslize
“Certamente, certamente...” e algo já precisava ser feito, sabiam.
Colocaram fogo no pasto, roubaram uns cavalos e saquearam o bar.

“Preciosino!” dizia uma mulher de meia-idade e gorda.
“Certamente, certamente...” e tudo foi deixado queimar para virar história de bosta.

Cesar Domity

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