terça-feira, 28 de agosto de 2012

O que está dentro como o que está fora


O tal desespero recorrente parece que volta.
E se pessoas estiverem andando lá fora?
Olhe! Estão escarnecidos, de lábios e dentes à mostra.
Cinco já quase faz  – seria da corda ou do chá a hora?
Oh... E o que importa?
Nada nos apraz.
Nunca haverá um Brainiac para encolher e para longe minha Kandor levar
Enquanto a sorte de Wayne herdei para logo tão cedo e pequeno tudo herdar.

Sábios olhos a ler em um duelo humano,
O engano do ocidente.
Que há de ter um perdedor, porém, nenhum ganhador pendente.
Para Zoroastro, os costumes em desfacelação.
O não-contraste e o não-opor.
“Que bem e mal então existirão?”
Eis que de seu nome não grego, um livro já foi feito.
Nada faço aqui senão um indicativo à ponte.
E como Kikazaru, Iwazaru e Mizaru unidos em um,
O homem parece ser ao saber que o saber tem fonte.

Muitos estão estupefados e por janelas espalhados
Cada qual com sua devida dose diária de dor tolerável.
E a pesada chuva bate como a imagem de um futuro descartável.
Afável falsa doçura do hoje e do aqui consumados.
Que o abstrato vento chamado tempo sopre para longe nossas secas vidas em movimento fleumático, preguiçoso e destento.

                                                  Cesar Domity

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