sábado, 29 de setembro de 2012

Oca Pitangueira

Distante e perto daqueles que minha presença não mereciam.
O dia passa, o vazio fica.
Ele se preenche com lembranças que não existem.
Minha mente tão profunda que engana os olhos de quem tem medo da escuridão traiçoeira e fria.
Escancarada nas ruas vazias, a noite.
Sinto cheiro de pitangueira, alguém se aproxima e cheira.
Olhe como a lua está vermelha. Parece estar chorando ao ver a pitangueira.
Que demência da pitangueira... Será que ela nunca viu uma lua cheia? Choradeira, sim, que choradeira...
Eu fico aqui pensando: Como uma pitangueira, sem eira nem beira, nunca pensou que a lua era cheia?
Vazio é o céu que precisa de lua cheia! Precisa de estrelas forasteiras com suas cores vivas.
Morto sou eu.
De tanto que penso, esqueço das freiras nesta bobeira.
Sem eira nem beira.

                                                          Diego Sória

Nenhum comentário: