O vento assopra em mim. 
A carne, no meio de tudo, é espectador sendo esfriado. 
O vento assopra na carne. 
Eu assopro no vento. 
Ele se estufa.
Corto-o em dois em minha paralisia. 
Em euforia se refaz.
Inerte ele fica. 
Eu aturo a carne. 
Ele quer ser sangue, quer ser carne. 
Eu rio em estrondos, desafio Zéfiro. 
Eu assoprado. 
O vento escarnecido.
Fecho a porta. 
Quebro a corrente. 
O vento se cala.
Eu sufoco em imagem.
O vento, acorrentado, é livre.
                                                Cesar
Domity
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