terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Início

Ela tinha deixado a escova de dentes. Parece um ato pequeno, mas este é o grito do desajuizado aventureiro que desencadeia uma montanha de gelo, que já é por si só um sistema caótico, a desmoronar e ir para um estado de menor energia. 
         O que poder-se-ia fazer? Outra pergunta que parece simplista demais do modo apresentado. Parece como uma placa escrito "coma" que te faz pensar se há algum limite ou instância em que se deveria parar de comer, como que se esta fosse virar-se com um sinal de "stop" a ponto de sentirmo-nos um dextro carro inglês em plena rua às 16:58. Este é o paradoxo pendente. Pela idade da razão, o lógico seria uma atitude de isolamento e desenvolvimento individual. Os próprios neurocientistas afirmam que pelos 20 anos temos atividade cerebral máxima, o auge da formação de nosso cérebro. Após, há uma curva de decaimento pelo resto da vida.  
         E logo neste dia tão abstrato, em meu ápice da razão, ela deixou no banheiro sua escova.

                                                          Cesar Domity

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