sábado, 13 de abril de 2013

A decapitação do silêncio empossado nos teus lábios

Não digas tu...
Adeus
Quando a noite vir.

Tão pouco, todavia
Apodere-se de lábios reles
Para em meio a noite, jurar cruzar
Sem que outrora
Do breu cavernoso
Tenha bebido.

Aos teus ouvidos
Não leve-te o silêncio
Na hora do teu grito
(Os obliterados apenas
Não sabem medir o escuro)
E só aqueles, de alma surdos
A hora de temer não veem.

                                    Vinícius Faria

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